quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Blame! (TV)

OBS: Resenha publicada originalmente no Animehaus em 23/01/2005.

Alternativos: Blame! Ver.0.11
Ano: 2004
Diretor: Shintaro Inokawa
Estúdio:
País: Japão
Episódios: 7
Duração: 5 min
Gênero: Sci-Fi / Mecha





Ver Blame e tomar uns bons goles ou uns comprimidos de Gardenal deve ter o mesmo efeito, tamanha a carga psicótica-psicodélica colocada neste curtíssimo anime. Criado por Nihei Tsutomu, Blame se passa em algum lugar, em algum tempo que não se consegue identificar. Hipoteticamente... quem sabe... pode ser a Terra em um futuro distante. Um mundo apocalíptico onde poucos seres humanos ainda se mantêm vivos numa realidade virtual tecnologicamente muito avançada, habitada por criaturas robóticas semi-humanas siliconadas e, na sua maioria, rivais entre si.

A raça humana parece ter sido quase totalmente destruída por alguma doença genética, mas alguns conseguiram sobreviver no submundo. E aqui surge o personagem principal, Killy, um sobrevivente que parece ter uma missão: encontrar um humano com genes puros. Ele quase não fala, parece estar totalmente fechado, por causa das batalhas, a qualquer tipo de relacionamento com humanos ou qualquer outra criatura. 




Dividido em 6 pequenos episódios chamados "Log" e mais um bônus que serve como prólogo, com menos de 5 min cada, Blame introduz um mundo de aço retorcido onde a destruição impera. Muito estranho este anime... uma viagem lisérgica mesmo, inclusive a parte musical, de Onogawa Hiroyuki, que parece ter sido composta durante um porre daqueles... eu adorei!! +_+

Pelo que se sabe, Blame é a continuação do mangá Himiko Den Noise, no qual o estilo é absolutamente o mesmo, mas Noise não teve sua versão anime (ainda?!). Baseado no mangá homônimo, tanto Noise como Blame seguem a linha futurista de misticismo e morte, pesquisas com humanos e muita bruxaria moderna.



Bom.... se você nunca tomou um porre e acha que o que se vê durante o mesmo são elefantinhos dançarinos, sugiro que perca 30 min do seu tempo e assista Blame. O efeito visual certamente será o mesmo, só que em versão anime.

Cátia Nunes