quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ragnarok The Animation (TV)

OBS: Resenha publicada originalmente no Animehaus em 13/05/2007.

Alternativos: Ragnarök
Ano: 2004
Diretor: Myung-Jin Lee / Seiji Kishi
Estúdio: G&G Direction
País: Japão
Episódios: 26
Duração: 24 min
Gênero: Aventura / Fantasia / Romance




Uma aventura montada pela Gravity em parceria com o Gungho Online Entertainment em 2004 e composta por 26 episódios, "Ragnarok – the Animation" introduz o mundo de Rune Midgard a todos os que o assistem, mas para se entender o anime deve-se conhecer primeiro o jogo no qual foi baseado. No Brasil, Ragnarok ficou conhecido há alguns anos, quando foi licenciado. 

O jogo se baseia em um mundo fictício conhecido como Rune Midgard. Nele estão estabelecidas suas cidades e, em cada uma delas, seus centros culturais, como: Geffen, a capital da magia; Morroc, a capital dos ladrões; Prontera, a cidade dos Templários; Izlud, a cidade dos espadachins; Alberta, a cidade dos mercadores; Alde Baran, a cidade dos alquimistas; Yuno, a cidade do renascimento. Na versão mais atual do jogo existem outras cidades, como Einbroch e Rachel, deve estar faltando alguma cidade, mas não vou citar todas ^__^l. Algumas pequenas explicações são necessárias aqui: no jogo, criamos personagens conhecidos como aprendizes. Estes podem evoluir após treinamento e, assim, escolher sua profissão conforme suas características, eles podem ser "merchant", "mage", "acolity", "archer", "swordman" ou "thief".

E partindo dessa primeira profissão, para as quais todos devem passar por testes, é que se escolhe a sua segunda profissão, a qual pode variar dependendo dos atributos que você coloca em seus personagens. Traduzindo: muita inteligência se traduz em muito mana, ou seja, ataque mágico ou poderes ligados à magia extremamente fortes, muito usado em magos e acólitos, pois eles se tornarão Bruxos e Sacerdotes; destreza e agilidade são atributos que não podem faltar em arqueiros, pois se tornarão "hunters" ou bardos, e assim consecutivamente, mas os personagens que mais me agradam no jogo são os Assassinos, evoluções de "thief" (ladrões): eles são velozes, fortes e com capacidades quase ilimitadas, pois dependendo de seus atributos, eles serão praticamente intocáveis.





Algumas versões do jogo não acompanham a versão brasileira e já possuem a transclasse, ou seja, o renascimento do personagem para que ele se torne mais forte e mais evoluído. Eu, por exemplo, jogo no KRo (a alguns anos), a versão coreana, onde essas classes já existem, tenho vários personagens, e as mais amadas são minha Creator (a evolução de alquimista) e minha Assassin Cross (evolução de assassino).

O anime se baseia no jogo, a história em si não vale nada, serve apenas para mostrar o caminho da primeira evolução de dois personagens, Roan (um espadachim) e Yuffa (uma acolita) e, em seu caminho, aparecem outros personagens (que também fazem parte do jogo) como uma "hunter", uma maga, uma mercadora e, por último, um assassino que, segundo o jogo, deve ser desleal, traiçoeiro e mortal com suas lâminas... totalmente o contrário de como ele é representado no anime, ou seja, honesto, hospitaleiro e até honrado, disposto a morrer por seus amigos... isso já não deu pra engolir.

Quem conhece o jogo vai reconhecer instantaneamente todos os locais e monstros, por mais esquisitos ou desfigurados que sejam, como a cidade dos mortos - Niffheim - e os esgotos de Prontera, onde Roan encontra-se com um dos chefões do jogo, o Golden Thief Bug.

Ponto positivo: quase todos os personagens presentes no jogo aparecem, desde os porings (melequinha rosa em forma de bolinha) até o Bafomé (o bodão com foice), sem esquecer de vários mini-boss como a Zealotus, a Alice e o Clock Tower Manager. Ponto negativo: os personagens principais são ridículos e sem vida. Yuffa é uma chorona boboca seduzida pelo mal e acaba se tornando extremamente irritante; Roan é um covarde no inicio, melhora muito durante o decorrer da série, mas seu treinamento com uma mestra Templária o torna narcisista e irracionalmente convencido. Os outros personagens ficam em segundo plano, quase sem vida, pois suas histórias só decorrem ao redor dos acontecimentos envolvendo Roan e Yuffa.





A história é extremamente fraca, os personagens são chatos, o design é convencional e sem qualquer efeito, as musicas são fracas e não emocionam ou entusiasmam como deveriam. Em suma, para o admirador do jogo é uma boa pedida, pois ao se comparar o anime à obra original, veremos que a transição foi extremamente fiel; mas para o apreciador de um bom anime, um alerta: CUIDADO!! Vão se decepcionar. 

OBS: Ia dar menos, mas sou fã e jogadora assídua de Ragnarok, por isso fui boazinha com o anime, pois ele merece menos que isso, de tão ruim que é!! ^__^

Cátia Nunes