quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Rurouni Kenshin: Requiem for Patriots (Movie)

OBS: Resenha publicada originalmente no Animehaus em 07/04/2003.

Alternativos: Rurouni Kenshin: Ishin Shishi no Chinkonka, Samurai X: The Motion Picture
Ano: 1997
Diretor: Hatsuki Tsuji
Estúdio: Studio DEEN / Studio Gallop
País: Japão
Episódios: 1
Duração: 90 min
Gênero: Drama / Aventura / Histórico




Rurouni Kenshin - Ishin Shishi no Requiem estreou nos cinemas japoneses em 20 de dezembro de 1997, e o fato de não ter sido elaborado por Nobuhiro Watsuki contribuiu, um pouco, para que o "movie" se tornasse um tanto confuso. Houve também uma substituição do estúdio Gallop pelo Deen, o que ocasionou uma mudança bastante palpável no visual dos personagens.

O "movie" não se encaixa cronologicamente e muitas vezes não prende a atenção. Basicamente ele estaria entre a Saga de Kyoto e a dos Cristãos.

Kenshin se mete em uma briga de marinheiros para ajudar uma garota e conhece Shigure Takimi, e aqui tem início sua nova aventura. Kenshin e seus amigos tentam devolver a sanidade a um homem amargurado pela perda de um grande amigo, Gentatsu, que fora assassinado pelo lendário Hitokiri Battousai.



Shigure só pensa em honrar os companheiros que morreram tentando derrubar o corrompido governo Meiji, e parece (eu disse parece!) não se importar em sacrificar os jovens que o seguem, na tentativa de assassinar um emissário do governo inglês, para causar uma crise internacional e provocar um golpe de estado. Shigure acaba confrontando-se com Kenshin, e torna-se juiz, júri e executor, logo que vê o mesmo golpe que matou Gentatsu surgindo das mãos de Kenshin.

Numa seqüência final de lutas surge todo um sentimento de arrependimento e carinho, que faz com que ambos perdoem-se, mas outros planos estão esperando os dois novos companheiros. 

Esta continuação da Saga de Kenshin não faz muito sentido. É um "movie" belo mas peca por não seguir a mesma linha da série de TV ou dos OVA´s, pois tenta ser cômico e trágico ao mesmo tempo, e não consegue. As mudanças nos traços dos personagens e o excesso de cores e luzes também prejudicam bastante a animação. O "movie" peca, ainda, por não aproveitar os outros personagens do anime, que aparecem apenas de forma decorativa, como se fossem um enchimento, o que é quase imperdoável.


Como fã incondicional de Rurouni Kenshin, gosto do movie, mas isso não quer dizer que ele seja bom. Vale a pena se você conhece toda a história de Kenshin. Do contrário, vai ficar um tanto perdido.
Cátia Nunes