Alternativos: Street Fighter II - O Filme
Ano: 1994
Diretor: Gisaburô Sugii
Estúdio: Group TAC
País: Japão
Episódios: 1
Duração: 101 min
Gênero: Aventura / Ação
Resultado de uma parceria da Sony Vídeo com a Capcom, apresentado por Kenzo Tsujimoto, produção a cargo de Kenichi Imai, com música de Cory Lerios e John D'Andrea e dirigido por Gisaburo Sugii, "Street Fighter II - The Movie" é, no mínimo, chato. Tornou-se conhecidíssimo pelos fãs de anime após ser apresentado na TV brasileira na década de 90 e, como muitos outros, surgiu de um jogo de vídeo game. Mas antes de "chutar o balde", vamos à história do movie.
Ryu, o personagem principal da série de TV e também do movie, está numa viagem de peregrinação pelo mundo: anda por aí, sem destino, ajudando aos outros e aceitando todos os desafios para adquirir conhecimentos (de luta) e, também, descobrir outros lutadores mais fortes que ele. Como ele, o seu companheiro Ken Masters, o "patricinha" milionário bom de briga (heheh), o faz da mesma forma, mas sempre dá um jeitinho de voltar pra namorar um pouco. Afinal, ninguém é de ferro.
O movie se inicia quando Chun Li, agora da Interpol, está investigando o seqüestro de diversos Street Fighters (lutadores de rua) pelo mundo. Todos os seqüestrados reaparecem cometendo crimes e sem se lembrarem do próprio passado. A trama do filme é essa aí, boba e sem graça, mas tudo bem, já vi coisas bem piores. Tudo no "movie" se desenvolve a partir desse enredo.
Mas eis que, para tentar salvar esse enredo idiota, ela vai atrás do capitão Guile, na Patterson Air Force Base. Ele não demonstra muita vontade de ajudar mas, com o decorrer do "movie", isto até que não atrapalha muito. Afinal, ele só serve como decoração no "movie", pois só apanha!!!
Os outros personagens presentes na série de TV também surgem para tentar salvar o "movie", mas não dão conta do recado (pra variar). Nossa imitação barata de Bruce Lee e seu Tao Jeet Kune, claro que estou falando de Fei Long que, pra variar um pouco... apanha. Surgem também, para abrilhantar (ou diria, encher de purpurina), Vega, o toureiro meio estranhão do anime, entre outros (todos presentes na série de TV). Mas nenhum deles tem uma participação tão efetiva quanto a de Bison. Ele continua maluco como sempre e, claro, como Pink e Cérebro, ele quer dominar o mundo. Para isso, ele está promovendo experiências com os Street Fighters. Opa! Ligaram os fatos ou tenho que fazer mímica? (^___^.... heheh...brincadeira). Bom, já falei demais sobre o enredo.
Vamos à decepção. Mais um título que pode ser encontrado facilmente nas locadoras brasileiras, juntamente com Fatal Fury, Pokemon, Digimon, etc e tal, e tão ruim quanto todos eles. Afinal, é sabido que a censura brasileira é feroz, quando diz respeito a conteúdo infantil. Na verdade, três senhoras são as encarregadas de censurar filmes e seriados, numa sala lá em São Paulo... fazer o quê? Bom, eu disse infantil, né? Na verdade, a maioria dos animes censurados ou com cortes são aqueles que mostram muitas cenas com sangue, e nem tanto aqueles que apresentam violência. Hipocrisia barata: afinal, basta ligar a TV por 5 mins no noticiário, e as crianças verão coisas 100 vezes piores, mas tudo bem, não vamos entrar no mérito da questão.
Bom, o movie é ruim em diversos aspectos, como o enredo, que é fraquíssimo, como já citei antes. As músicas são razoáveis, mas graficamente os personagens da série TV foram totalmente descaracterizados, viraram montanhas de músculo sem proporção, sem sentimento, e com ditos "poderes" dignos de "Kamui - X/1999". Se Ryu e Ken já parecem pequenas montanhas, o que dizer dos outros personagens, que chegam ao cúmulo de ser 2 vezes maiores em todas as direções? Uma outra coisa que chama a atenção é a mudança em relação ao traço da série de TV, mudança esta que, na minha opinião, ficou muito pior, com um excesso de músculos, inclusive as mulheres (Chun Li mais parece um homem de trancinhas). E todos os personagens (sem exceção!) parecem estar com uma mariposa no lugar da sobrancelha (ridículo!!). Quem já assistiu sabe do que estou falando.
E quem ainda não viu, assista. Serve pra dar risada, ao menos.
Cátia Nunes