Alternativos: I Can Hear the Ocean, Umi ga Kikoeru
Ano: 1993
Diretor: Tomomi Mochizuki
Estúdio: Studio Ghibli
País: Japão
Episódios: 01
Duração: 72 min
Gênero: Drama / Romance
Se você acha que, ao assistir "Ocean Waves", vai ver mais um filme-anime bonitinho sobre "High Schools", por favor... esqueça! Baseado numa série de pequenas histórias produzidas por Motoko Arai, "Eu Posso Ouvir o Oceano" é... digamos ... diferente.
O enredo discorre sobre a vida de Taku Morisaki, agora um jovem adulto, se dirigindo a uma reunião com sua antiga classe. Na estação de trem, ele vê de longe uma antiga colega, Rikako Muto, e começa a recordar o momento em que a viu pela primeira vez, seis anos antes, quando ela se transferiu para a sua escola.
Cenas de seu passado próximo começam a passar como "flashs". O relacionamento com os professores e os outros alunos, a vida em família. Mas as cenas com Muto se sucedem, dando a entender que ela é algo de muito importante na vida de Morisaki. Muto é de Tokyo, mas após o divórcio de sua mãe, ela acabou mudando-se para a pequena cidade de Kouchi.
Enquanto viaja, Taku imagina como deve estar agora o seu melhor amigo, Yutaka Matsuo, a quem conheceu durante um protesto contra o cancelamento repentino de suas formaturas no campo da escola (Junior) em favor dos Sênior. Neste protesto, apenas os dois mantiveram as mãos erguidas num salão repleto de alunos, surgindo daí uma grande amizade. Mas Muto chegou a causar certa rivalidade entre os amigos, já que, depois de se declarar apaixonado por ela, Matsuo foi ridicularizado.
A história deste movie é muito simples, falando sobre a vida comum dos adolescentes japoneses e de seus relacionamentos interpessoais. Não existe propriamente um grande enredo, mas devemos levar em conta que este foi o primeiro trabalho do estudio Ghibli para a TV, em 1993.
A trilha sonora é excelente pra você dormir (sério! Eu dormi ao som das músicas!), lembram canções de ninar. Mas tenho que tirar o chapéu para a animação, IMPECÁVEL!! Isso já era de se esperar, em se tratando de uma obra dirigida por Isao Takahata (um dos "cabeças" do Studio Ghibli, juntamente com Hayao Miyazaki )... os cenários são perfeitos, e os detalhes, calibrados ao máximo. Você pode até arriscar contar os aros da bicicleta de Morisaki, tamanha a perfeição.
Cátia Nunes