quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Bubblegum Crisis: Tokyo 2040 (TV)

OBS: Resenha publicada originalmente no Animehaus em 09/09/2007

Alternativos: BGC: 2040
Ano: 1998
Diretor: Hiroki Hayashi
Estúdio: AIC
País: Japão
Episódios: 26
Duração: 24 min
Gênero: Ação / Sci-Fi



Bubblegum Crisis: Tokyo 2040, lançado em 1998, é um remake/continuação dos OVAs Bubblegum Crisis que fizeram relativo sucesso nos anos 80. Eu disse "remake/contunuação" porque, embora seja uma continuação direta do roteiro, a série apresenta várias semelhanças com a obra original (como o nome das novas heroínas, que são os mesmos das protagonistas antigas).

Como o título anuncia, o enredo de Crisis se passa na cidade de Tóquio, em 2040 (15 anos após os eventos originais). Nesse futuro, as pessoas já não fazem mais trabalhos manuais pesados. Os responsáveis por isso agora são robôs chamados "boomers", construídos pela GENOM Corporation. Porém, o mundo ainda não está livre de problemas: os sistemas dessas máquinas freqüentemente entram em colapso, fazendo com que fiquem loucas, o que resulta em ataques aos seres humanos. Esse tipo de confusão é tão comum que, na polícia, há uma divisão especializada em casos de boomers problemáticos, conhecida como AD Police.


Entretanto, essa divisão é motivo de piada na cidade, pois eles quase nunca conseguem resolver seus casos. Motivo? As Knights Sabers. Elas são um grupo de mulheres equipadas com armaduras cibernéticas que sempre acabam com os boomers defeituosos antes da policia chegar ao local do crime. Como não poderia deixar de ser, as KS são um grupo secreto que age de forma independente.

A equipe é formada por Priss S. Asagiri, líder de uma banda de rock pesado; Linna Yamazaki, uma garota de interior que veio trabalhar em Tóquio; Nene Romanova, oficial do centro de inteligência policial e hacker nas horas vagas; e, finalmente, Sylia Stingray, líder do grupo e integrante da formação anterior das Knight Sabers.

A premissa pode parecer simples e não muito original, mas é suficientemente boa para deixar o espectador interessado durante os episódios. A qualidade só cai mesmo nos capítulos finais, quando o roteiro começa a viajar demais, se transformando em algo parecido com Resident Evil (com uma cidade condenada e infestada de inimigos). O grande destaque do anime fica por conta das personagens: as 4 heróinas conseguem ser muito carismáticas. O mais legal é que todas têm personalidades bem diferentes (para não dizer opostas), o que deixa o grupo bastante heterogêneo e animado. Além delas, existem outros bons personagens, como a divertida (e frustrada) dupla de policiais Leon McNichol e Daley Wong, além do misterioso mecânico Nigel Kirkland, responsável pela manutenção dos trajes cibernéticos das garotas.

Tecnicamente, Tokyo 2040 é decente. A qualidade de animação é boa, mostrando ótimos momentos de ação e design criativo de monstros, personagens, cenários e objetos. No aspecto sonoro, o anime também se sai muito bem: a dublagem é ótima (tanto na versão brasileira quanto na japonesa) e a trilha sonora empolga, com músicas tocadas pela própria banda da Priss.



Embora não seja perfeita, Bubblegum Crisis: Tokyo 2040 é uma série que deve agradar aos fãs de animes de ação e sci-fi. Vale lembrar que a franquia é extensa e conta com vários spin-offs, incluindo um conjunto de 3 OVAs chamado AD Police Files, que serve como uma prequela da série original.


André Pequeno