quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Princess Princess (TV)

OBS: Resenha publicada originalmente no Animehaus em 30/08/2008

Ano: 2006
Diretor: Keitaro Motonaga
Estúdio: Studio Deen
País: Japão
Episódios: 12
Duração: 24 min
Gênero: Comédia



Princess Princess é um anime de comédia com um enredo pouco convencional. Baseado no mangá de Mikiyo Tsuda, a série conta o dia-a-dia de três estudantes de um colégio interno para garotos. A diferença aqui é que eles, às vezes, se tornam elas. Não entendeu? A questão é: a série se passa num colégio interno masculino, local onde os estudantes ficam sem ter contato com o sexo oposto por longos períodos. Por isso, para tirar um pouco dessa tensão, desde que foi criada, a instituição possui uma regra: todo ano, três garotos novatos são escolhidos para se tornarem as "princesas" do colégio. As obrigações desses três infelizes (ou não, sei lá) são: se vestir de princesas e andar pelo colégio distribuindo tchauzinhos entre os alunos e dando motivação aos clubes de esportes. Também devem fazer participações durante alguns eventos. Enfim, é algo para quebrar a monotonia de um colégio interno masculino e fazer os alunos se lembrarem de como é ter uma garota por perto.

As três princesas do anime são: Toru Kouno, Yujiro Shihoudani e Mikoto Yutaka. Este último se sente completamente desconfortável na situação e odeia ser uma princesa, mas é obrigado a aceitar o trabalho pois, de acordo com as regras da escola, se ele não aceitar, pode ser expulso da instituição. O cara tem até uma namorada e faz de tudo para esconder sua segunda identidade dela. Shihoudani, por outro lado, não tem nada contra essa estória de princesas e até gosta do faz; ele é bem irônico e passa boa parte dos episódios tirando onda com a cara do desesperado Yutaka. Kouno, por sua vez, não aceitou bem o fato de ter sido selecionado para formar o trio, mas acabou cedendo ao saber que, sendo uma princesa, tem direito a algumas vantagens em relação aos custos da mensalidade e outras coisas do colégio. Resolve aceitar o cargo para ajudar o tio que está pagando seus estudos na instituição. No final ele acaba pegando gosto da mesma forma que o Shihoudani.

O anime possui ainda outros personagens interessantes, como Kaoru Natasho, que é o figurinista das princesas e está sempre preparando os mais variados tipos de vestimentas para as mesmas e o grupo do conselho estudantil, liderado por uma ex-princesa.

Embora seja dono de um argumento bastante incomum, a série se revela um tanto conservadora durante seu desenvolvimento. Os episódios são bem comuns e apenas mostram os personagens passando por situações engraçadas, como num festival da escola, quando o Yutaka precisa esconder sua segunda identidade de sua namorada que foi fazer uma inesperada visita. Há apenas um pouco mais de drama quando questões pessoais do passado de Kouno são mostradas. O cara decidiu ir para um colégio interno por conta de alguns desentendimentos com sua família (os tios são responsáveis por ele, uma vez que seus pais já não estão mais vivos). De qualquer forma, mesmo sendo tradicional e mantendo um ritmo um pouco lento, o anime consegue ter sucesso no que se propõe, pois é bem agradável de ser assistido e muito engraçado. Tanto que os seus 12 episódios parecem ter sido insuficientes: ao término da série, fica a impressão de que os produtores poderiam tê-la estendido um pouco mais.

No departamento técnico, Princess Princess é bem mediano. O traço é bom, a qualidade da animação é boa e estável, mas nada além disso. Em termos de animação, a série não consegue se destacar em momento algum. O mesmo pode ser dito em relação ao som.



Princess Princess é uma boa recomendação para quem está procurando por uma série de comédia. Momentos engraçados, personagens carismáticos e um clima bem agradável, está tudo lá.


André Pequeno